Pular para o conteúdo principal

"Mais do que uma mulher pode amar um coelho"


Não to louca não, a frase título é atribuída à maravilhosa Jessica Rabbit, a mulher desenho sexy e voluptuosa que teve seu coração conquistado por Roger Rabbit, um coelho. Não um coelho esperto como Pernalonga, mas um coelho idiota, meio burro e extremamente atrapalhado.

Essa semana, Uma Cilada para Roger Rabbit (Who Framed Roger Rabbit), completou 30 anos. E embora eu não goste de pegar carona em coisas que estão acontecendo, esse eu não pude deixar passar, pois eu tenho um grande amor por esse filme que, assim como muitos, marcaram minha infância. 

Wikipediando, esse filme é estadunidense e estreou em 1988, tendo sido dirigido por Robert Zemeckis (que é só o cara da trilogia De Volta para o Futuro, Forrest Gump, Náufrago e entre outros), e produzido por Steven Spielberg (não preciso apresentar, né?) e Kathleen Kennedy, sócia de Steven e, desde 2012, presidente da Lucas Film. É baseado no livro Who Censored Roger Rabbit?, de Gary K. Wolf.

O filme é ambientado em 1947, e traz a história de um detetive particular falido e bêbado, que aceita pegar um caso sobre traição, mas acaba caindo em uma trama e precisa, contra a própria vontade, inocentar Roger Rabbit enquanto tenta provar que o suspeito é a mulher de Roger, Jessica.

Trama comum pra tantos filmes dos anos 80 e tipo de história comum pra época ambientada, vide Dick Tracy (um dia falo sobre).
A maravilhosa Jessica Rabbit

Porém, o diferencial do filme é que Roger e Jessica Rabbit, entre outros personagens, são desenhos animados, enquanto o detetive Valiant (Bob Hoskins - Pink Floyd The Wall, Mario em Super Marios Bros), entre outros personagens, são humanos.

Toda a ambientação do filme é o nosso mundo real com desenhos circulando e interagindo com todos.

Cheio de clichês de desenhos animados, o filme começa com a mãe de bebê Herman, um adorável bebê de grandes olhos azuis e bochechas rosadas, deixando-o aos cuidados do coelho Roger, sob a ameaça de devolvê-lo ao laboratório caso algo aconteça com o bebê. Enquanto Roger começa a explicar toda a sua experiência e tradição familiar, o bebê sai do berço à caça de biscoitos que estão em cima da geladeira, deixando um rastro de destruição enquanto Roger tenta desesperadamente detê-lo. Cena bem típica de Tom & Jerry, quando Tom tenta fazer algo certo e Jerry insiste em atrapalhá-lo.

Ao encerrar a cena, que estava sendo gravada, vemos que bebê Herman (Baby Herman), é um homem em corpo de bebê, que fuma charutos e sai com as babás - "Cabeça de homem e pirulito de criança", como ele mesmo explica.

Uma Cilada para Roger Rabbit ainda traz um outro maravilhoso diferencial, os desenhos que aparecem no longa são de diversas produtoras diferentes. Em certa cena, você vê Patolino, da Warner, interagindo com Pato Donald da Disney, enquanto Betty Boop, da Paramount, está trabalhando como garçonete (ela explica à Valiant que com a chegada dos desenhos coloridos, os em preto e branco perderam o espaço). Outro momento que Warner e Disney interagem é quando Pernalonga e Mickey tentam ajudar Valiant que está em queda livre, após ter sido trolado por Piu-Piu.

Mickey da Disney e Pernalonga da Warner, juntos.

Outro que faz uma rápida aparição é Pica-Pau, de Walter Lantz.

Dentre seus atores humanos, há também, Christopher Lloyd - que eu acredito fielmente ser o queridinho da época, vide Doc na triologia De Volta para o Futuro, sem contar que já foi um Klingon no filme Star Trek - À procura de Spock - que vive o juiz Doom, o vilão sinistro do filme.

Numa época que os efeitos especiais não dominavam tanto, foi usado muito Croma Key, e aparelhagem mecânica. Mas dou um ponto extra ao ator Bob Hoskins que em grande parte atua sozinho, e consegue convencer muito bem que está falando com a animação.

Diversos desenhos juntos em uma cena final
Reza a lenda que existe a possibilidade de uma continuação, o que na minha humilde opinião, é desnecessário. Uma Cilada para Roger Rabbit é o tipo de filme único, valioso, clássico. Sem necessidade de continuação ou nova história.

Acho que podemos dizer que é precursor dos crossovers que hoje esperamos tanto em séries e filmes, além de ser divertido.

Claro, não podemos considerá-lo o primeiro filme em que homens e animações interagem, mas acredito ser aquele que tem a atuação mais longa.

Vale a pena dar uma assistida, se nunca o fez. Foi um filme grande pra época e importante para o desenvolvimento cinematográfico.

Deixo aqui um link de uma matéria do site OMELETE sobre curiosidades sobre o filme.


Beijos na testa.


Sites para pesquisa:
Blog Pensou? Fala Ê
Wikipedia

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Parabéns Coca-Cola!!

 Eu tenho que confessar... eu sou cocólatra, rs. Eu não consigo pedir um outro refrigerante qualquer, sempre que vou pedir algo para beber, peço uma coca. Sai assim, é automático: - Eu quero um nº 5 e uma coca; - Eu quero uma pizza e uma coca; - Eu quero 4 esfihas e uma coca; É triste tentar mudar, eu já tentei várias vezes, e continuo tentando. Duro é ver a latinha vermelha e negá-la. Me lembro que a primeira vez que eu ouvi que a Coca-Cola tinha mais de 100 anos, fiquei impressionada. Na época eu não era cocólatra, mas gostava bastante. Era um refrigerante chique para se ter em casa, então era muito legal quando a gente podia comprar. A Coca-Cola no início foi um xarope para dor de cabeça inventado por um farmacêutico em 1886. Depois, não se sabe como, se tornou esse refrigerante delicioso. A fórmula da Coca-Cola sempre foi um mistério, e, por isso, vários são os boatos que a rondam. Já ouvimos histórias de que um funcionário caiu dentro do tambor onde...

Vida de Solteiro

Tem Spotify*? Então leia o post ouvindo essa SoundTrack aqui A década de noventa foi marcada por muita música. Músicos que apareceram na década de 80 estavam em sua acensão nos anos 90, Guns n' Roses e Bon Jovi são bons exemplos disso. Mas, não uma banda e sim um gênero nascido nos anos 80 estava em sua ascensão nos anos 90, o Grunge. Pearl Jam, Nirvana, Soundgarden, Alice Chains, Screeming Trees, eram algumas das bandas que ouvíamos o tempo todo, todas com algumas características em comum, além do som, jeans rasgados, camisas xadrez, tênis ou coturnos surrados e cabelões. Olha que foto maravilinda que achei nessa comunidade (da esquerda pra direita, de trás pra frente) Jeff Ament, Layne Staley, Chris Cornell, Matt Dillon e Cameron Crown nas filmagens Então, a espertinha da Hollywood se apossou dessa febre pra criar um filme de comédia romântica (dessas em que os personagens são jovens e mostra um pouco da vida e amores de cada um, e que em algum momento as histórias...